quarta-feira, 22 de abril de 2009

A sutil diferença entre amor próprio e egocentrismo.

Gostaria de agradecer pelos comentários da minha primeira postagem. Recebi ótimas criticas e espero que elas me ensinem como fazer um bom trabalho, assim como me dêem forças para continuar escrevendo.Obrigado!Mas da mesma forma com que agradeço, eu começo o meu segundo comentário com um fato corrido ontem.
Nessa época do ano, a cidade onde moro fica com um clima bem ameno, nublado e muita chuva. O que leva a uma umidade extremamente desconfortante, naturalmente esta cidade tem uma umidade elevada ate nos dias quentes, nestes dias frios viramos anfíbios! Provavelmente foi este o motivo por eu ter adoecido ontem, levando-me a ficar de cama o dia inteiro.Os sintomas eram de uma gripe comum.Mas foi no meio de uma febre notável, pude relatar uma pequena crônica.
Eu espero que o leitor ainda se lembre de como é estar com febre, uma sensação única.Aos 39 graus Celsius, com uma dor de cabeça intermitente, meu corpo estava passando por um flagelo bem desgastante.Uma das vantagens de estar "só" com febre é o fato do tempo passar muito rápido, logo nem percebemos quando ela termina, o problema é quando sentimos algum tipo de dor...os segundos parecem dias...Neste aspecto minha cabeça não me poupou.Dois Dorflex’s mais 3 horas de descanso não foram o suficiente para resolver o meu emplasto.Sem esperanças, rolava pela cama com o travesseiro na cara pensando "Minha mente vai explodir ou implodir?".Queria escuridão, qualquer luz da qual batesse nos meus olhos era motivo para incomodo."Porque isso? Para que? Eu mereço isso?" Essas perguntas martelavam continuamente com a mesma intensidade da dor.
Enfim, como disse um vez um velho amigo meu, "eu estava alucido”(não estranhe ele realmente falou com estas palavras) e mesmo calado eu gritava dentro da mente, mas em um segundo de vigor me levantei.Não sei explicar ao certo o porquê...tentar reorganizar as idéias?um ato involuntário talvez?Isso fica a cargo do leitor, o que realmente interessa era o fato de estar de pé, paralisado, e subitamente tudo apagou."Eu cai na cama ou no azulejo?" não conseguia responder a esta pergunta...a dor parecia ter aliviado um pouco...minha pele estava quase anestesiada, só sentia o frio...e bem no meio dessa escuridão veio a pergunta mais humilde do dia: "Estou vivo?".Meus músculos se negavam á mexer.Notei rapidamente que já não estava mais respirando, assim como o tato se perdia e a audição ficava surda. Minha mente não conseguia me provara que ainda estava vivo...Morto!?Tão cedo?Cadê a luz?As perguntas estavam apagando...
Um sopro de indignação soou: “isto é a morte!?Não há nada aqui!Então todos estavam mentindo nos filmes, nas historias e na bíblia!”.Esta ultima palavra ganhou eco bem interessante, mas à medida que o som redizia eu via, escutava, sentia...Era muito difícil de explicar.Nenhum dos meus sentidos servia para espessar aquilo, eu só sabia que pulsava.Cheguei a perguntar o por quê ele não parava, nada estava funcionado mesmo. Mas ao invés de me responder ele acelerou o batimento ate que finalmente pude escutar as suas pulsações e sentir uma gélida brisa passando pela pele.”Dês de quando o meu tato voltou? Será que esta chovendo? SIM, eu estou escutando o barulho da chuva!” ao final deste pequeno diálogo mental em um ato sincronizado, levantei acordando os meus pulmões com a inspirada mais longa da minha vida e abri os olhos.Fiquei perplexo ao ver o meu quarto. Sentei na cama, e comecei a refletira como eu havia perdido a fé, tanto na minha religião quanto na minha vida.Estava envergonhado, porem algo que vinha lá de dentro me trazia conforto.Ele não parou, alias, ele não parava!Provavelmente o meu cérebro inventou todo aquele teatro por conta de achar a morte melhor do que continuar com aquelas enfermidades.Eu deveria ter mais amor próprio e menos egocentrismo.O coração sempre esta lá, ele nunca descansa.
Pois bem, se o leitor permitir a conclusão da historia, eu o aconselho à esquecer o cérebro de vez em quando.A mente é muito egoísta e cai no mal habito de achar que só ela tem vida ignorando o resto do corpo.Não quero que você cometa essa injustiça...Existem coisas ou pessoas, das quais fazem tudo por nos, mas não somos humildes o suficiente para agradecer.

5 comentários:

  1. po trash, num sabia que tu escrevia assim!!! tá du caralho cara!
    parabens ae!

    e realmente, eu acho q tu tava "alucido"! xDDDD

    \m/

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  2. Muito bom!
    às vezes, o nosso Cérebro nos engana com algum fundamento.

    :D

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  3. Kra, tu gosta de surpreender em xD
    Felizmente uma ótima conclusão, a obscuridão da mente, da razão nos provoca dor tão grande, mas quando o coração pede(falta de oxigênio no sangue), a mente apaga para não sentirmos mais dor, não só física, mas como você pode descrever (ou sentir)...
    E nesses momentos de alucidêz, você tem realmente uma imaginação capaz de abstrair uma descrição bem humana, os seus sentimentos são bons e você deveria compartilhá-los com mais frequência. Sei que você sabe fazer isto com palavras (e que palavras de escrtor de histórias de terror) à um público restrito, mas há outras maneiras e GARANTO que se você descobrí-las, enriquecerá seu intelecto e o inspirará a descrever muitos outros sentimentos, melhores que a dor egocentrica da mente(nem eu sei direito o que tou falando, mas boa sorte.

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  4. nunca esqueça das batidas de seu coração

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  5. Menos clichê, menos Machado de Assis (só faltou a Mãe Natureza e o hipopótamo...)

    Sendo só o Campelo, moço, o senhor vai looooooooooooooonge!!!

    *Amoomoedarachada* XD

    Você foi premiado por CastanhaZ na Parede(http://www.castanhaznaparede.blogspot.com/)

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